sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Pódio



a cem metros da vitória
se abre um novo horizonte
uma brecha pra eu desistir de ser mais
e ser o que quero

quanto mais próximo do pódio
mais distante da felicidade
e olho para trás
e todos olhando adiante

radiante levanto voo
como a águia que um dia me salvou

e agora sou eu...
apenas eu
tentando salvar outra pobre alma
na face da terra

e elevar às nuvens

Vivência



a sua resposta dissolve toda a certeza
que dizia possuir
o muro apagado pelo tempo torna real a distância
densa,
mais que água cristalina ou qualquer mistura.

nessa noite não faço perguntas
o céu que me custou enxergar
nunca desabará
ó minha querida incógnita
de luz irradiante diurna

que será que me aflige toda essa paz?
será o tempo de constante inquietude
agora registrado num diário passado?
será essa cor de luz que eu nunca vi
mesmo no arco-íris?

ou será o juiz de todos os tempos
a julgar que meu tempo
é o mesmo tempo de todos os viventes?