quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Sem paixões para admitir,
sem novidades para anunciar,
sem vontade para seguir.

A vida se desdobra como um musgo
crescendo verde sobre o muro,
separando tudo
da pequena imagem que tenho do mundo.

O vento sopra e toma forma,
Irreconhecível ser se levanta
e sai pregando peças aos desavisados,
moldando devagar as consciências
de quem negava sua existência.
Carrega a todos para um lugar desconhecido.

Assisto de longe
esperando que o vento seja de novo
o sopro da natureza.
Que não nos trate como seus filhos
e cada um siga com seus pés
seu próprio caminho.