sábado, 9 de abril de 2011

Barreiras






 

 







E você vê o céu
e não vê nada a não ser as nuvens,
sem paredes,
sem nações,
sem amor por que sem fim,
sem ódio apenas paz
sem conhecimento
com o saber
eterno
intransponível.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

                                    Azul


Azuis seguem os rios
Que no sul desaguam.
Sem saber que um dia morrerão,
continuam a derramar suas águas.

As lágrimas correm alegres
Nos rostos derrotados
Pela tristeza,
Que sem motivo toma da vida sua beleza.

O sangue só não é azul,
Porque não se deve permitir
Que vidas continuem a se esvair.

O azul é inocente,
É conivente com a ordem
que rege o céu e o universo.

É a quebra de simetria nesses versos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Avesso
















 





Hoje acordei pelo avesso.
Vejo o passado e
revejo o futuro.

Esse ponto de vista me é tão claro:
_ As pessoas seguem em ordem de retrocesso.

É triste perceber
que sigo por essa trilha,
na guerrilha contra minha família.

Daqui vejo tudo passando
como um filme rebobinando.

Agora eu estou fora,
parece tudo tão belo.
As pessoas voltando para trás,
os mortos desmorrendo
os vivos rejuvenescendo.
os pobres deixando de esmolar,
Adão e Eva voltando ao paraíso.