segunda-feira, 30 de abril de 2012

Desentitulada

Dezessete primaveras.
Foi o tempo que eu levei
Para descobrir que sou tolo
E para amadurecer
Os meus versos.

Você demorou dezessete primaveras
Para estar aqui,
Eu dezessete outonos...
Sempre próximos
Nunca juntos.

Meu sonho transita entre o mundo dos vivos e dos mortos,
mas a esperança ainda é viva.

Já nem sei por qual nome te chamar.
posso deduzir que seu nome seja divino.
posso me arrepender
e dizer que qualquer nome
a você não caberia.

Minha poesia será desentitulada,
pois não há mais o que dizer.
As palavras são tão poucas
e você  etérea.

Tudo o que disse ou dissesse seria pouco.
Você sempre será muito para mim.