quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Abstenção



As lembranças já não são mera visão.
São tão fortes quanto imagem real e me carregam quando bem entendem e não posso dizer nada
por que posso chamar a atenção delas ao meu esconderijo.
Não sou mais o poeta que brinca de esconde-esconde com a vida. A vida me prega peças do quebra-cabeças que fiz. E não sou mais capaz de dizer-me receptor de poesia. Meus escritos são fragmentos de minha vida. E não quero escrever sobre mim.
Então me abstenho.