Se eu não tivesse sido quem sou
seria biólogo,
escritor,
estaria casado,
seria um corredor de sucesso,
moraria em Campinas em casa financiada.
Não teria pressa,
falaria inglês,
francês e italiano.
Teria sido peregrino por pelo menos uma semana.
Seria fiel em corpo e alma,
seria religioso,
seria completo mesmo sem ambição,
escreveria linhas mais compridas,
teria a música viva na vida
como uma cicatriz no rosto.
Comeria uva todo dia,
andaria mais de bicicleta (sem as mãos),
teria aquela solidão de fim de noite gostosa...
...e apesar das reticências saberia que tudo isto valeu a pena!
Feito água atinge as pedras, assim é a poesia. Polindo as vidas. Forte como não se pode imaginar. Mas suave. Quero ser água de pedra quebrando as ondas.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Tema
A paródia me fez lembrar a letra.
E achei que a melodia caiu como uma luva...
Estampada num outro rosto da cidade
segue o símbolo da memória
que desejo como o que produz essa imagem
mesmo na escuridão.
E achei que a melodia caiu como uma luva...
Estampada num outro rosto da cidade
segue o símbolo da memória
que desejo como o que produz essa imagem
mesmo na escuridão.
Emergência
Faz-se urgente
a busca por um tempo novo
onde a culpa não tenha lugar
E seja mais fácil respirar
nessa quase atmosfera do tempo
que espera sedento
para consumir.
a busca por um tempo novo
onde a culpa não tenha lugar
E seja mais fácil respirar
nessa quase atmosfera do tempo
que espera sedento
para consumir.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Desentitulada
Dezessete primaveras.
Foi o tempo que eu levei
Para descobrir que sou tolo
E para amadurecer
Os meus versos.
Você demorou dezessete primaveras
Para estar aqui,
Eu dezessete outonos...
Sempre próximos
Nunca juntos.
Meu sonho transita entre o mundo dos vivos e dos mortos,
mas a esperança ainda é viva.
Já nem sei por qual nome te chamar.
posso deduzir que seu nome seja divino.
posso me arrepender
e dizer que qualquer nome
a você não caberia.
Minha poesia será desentitulada,
pois não há mais o que dizer.
As palavras são tão poucas
e você etérea.
Tudo o que disse ou dissesse seria pouco.
Você sempre será muito para mim.
Foi o tempo que eu levei
Para descobrir que sou tolo
E para amadurecer
Os meus versos.
Você demorou dezessete primaveras
Para estar aqui,
Eu dezessete outonos...
Sempre próximos
Nunca juntos.
Meu sonho transita entre o mundo dos vivos e dos mortos,
mas a esperança ainda é viva.
Já nem sei por qual nome te chamar.
posso deduzir que seu nome seja divino.
posso me arrepender
e dizer que qualquer nome
a você não caberia.
Minha poesia será desentitulada,
pois não há mais o que dizer.
As palavras são tão poucas
e você etérea.
Tudo o que disse ou dissesse seria pouco.
Você sempre será muito para mim.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Morte e poesia
Não deixe a poesia morrer,
Não viva de intervalos.
Viva constantemente
e nao se esqueça de acender e apagar a luz
do quarto na hora certa.
Não se deixe estar
e nao se deixe levar.
A perfeição não segue formas,
mas se renova a cada intante.
E é inconstante.
Não viva de intervalos.
Viva constantemente
e nao se esqueça de acender e apagar a luz
do quarto na hora certa.
Não se deixe estar
e nao se deixe levar.
A perfeição não segue formas,
mas se renova a cada intante.
E é inconstante.
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