Me jogaram no deserto de areias finas
e fiz castelos de areia
enquanto minha mãe não chegava.
Criei um mundo de areia
com direito a tudo o que queria.
Quando a maré do ano novo chegou
me trouxe a salvação,
me matou a fome e a sede,
me tomou o circo e trouxe o pão.
A lua sem razão acendeu seu abajur
e me fez dormir por longos anos.
Quando acordei a selva me recebeu
de braços abertos e mãos fechadas.
Logo, quem dorme não sente fome,
mas prolonga a espera da sede.
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