Azuis seguem os rios
Que no sul desaguam.
Sem saber que um dia morrerão,
continuam a derramar suas águas.
As lágrimas correm alegres
Nos rostos derrotados
Pela tristeza,
Que sem motivo toma da vida sua beleza.
O sangue só não é azul,
Porque não se deve permitir
Que vidas continuem a se esvair.
O azul é inocente,
É conivente com a ordem
que rege o céu e o universo.
É a quebra de simetria nesses versos.
Um comentário:
Poesia extraordinária! Até se não tivesse simetria...
Rosefly
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