quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Contos da cidade



Na vitrine vi meu desejo estampado.
A etiqueta e o cartaz diziam que o preço era in-dizível
para mim.
O preço me apressa a ganhar o valor que nunca terei
ao menos que a vidraça se despedace feito muro de Berlim
e eu não tivesse que pagar com fome
a minha sede
de posse.



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